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Crocodiles vence o Brasil Bowl e consagra renascimento histórico do time após tragédia de 2024

Com mais de 6 mil torcedores no Couto Pereira, Curitiba vive uma noite épica e vê o Croco transformar dor em legado ao vencer a Superliga de Futebol Americano em um jogo contra o Mariners com emoção até o fim

Crocodiles vence o Brasil Bowl e consagra renascimento histórico do time após tragédia de 2024Crocodiles levanta os troféus de campeão da Superliga de Futebol Americano D1 de 2025 no Couto (foto: Yan Barros/@byarros)
POSTADO EM: 08/12/2025

O Brasil Bowl 2025 entregou tudo o que a final nacional do FABR queria e um pouco mais. Em um Couto Pereira pulsando no fim da tarde deste sábado (6), com mais de 6 mil pessoas cantando e empurrando os donos da casa, o Coritiba Crocodiles venceu o Recife Mariners por 28 a 22 e levantou seu quarto título nacional, entrando de vez para a história como o maior campeão do futebol americano brasileiro.

Mas este não foi “apenas” um título. Foi um capítulo escrito com lágrimas, superação e simbolismo. Um desfecho que parecia ter sido roteirizado pelos deuses do esporte.

Há pouco mais de um ano, o Croco enfrentava o momento mais doloroso de sua trajetória: o acidente na Serra das Araras que tirou a vida de Daniel ‘Capitão’, Lucas Barros e Lucas ‘Pinguim’, e deixou feridos companheiros, amigos e irmãos de campo. A temporada foi interrompida. O time parou. O país chorou junto.

Em 2025, o Croco voltou. E voltou gigante. Invicto, forte, unido. Jogando pelos os que se foram e os que ficaram sem eles. E agora, o time é tetracampeão.

Brasil Bowl com intensidade, reviravoltas e drama até o fim

O Crocodiles entrou em campo determinado a mostrar força desde o primeiro snap. No primeiro quarto, o ataque comandado por Nick Rooney encontrou ritmo rapidamente. Em duas campanhas muito bem executadas, o Croco abriu 14 a 0 no placar com Athos Daniel e Vinicius Anhucci, fora as conversões nos chutes de Leonardo ‘Balka’, animando a torcida e deixando o Mariners sob pressão logo de cara.

O Mariners veio para a reação, mas o a conexão entre Álvaro Fadini e Danilo Farias - que veio para o melhor jogo da sua vida - parou na linha de uma jarda na marcação da arbitragem. No snap seguinte, a defesa do Crocodiles subiu o muro e conseguiu forçar um fumble de Vinicius Moura para Jefferson Martins ficar com a bola.

Ainda, sim, na campanha seguinte os pernambucanos reagiram para deixar o jogo pegando fogo. O time de Recife se ajustou e encontrou seu momento para finalmente entra na terra prometida na Conexão entre Fadini e Danilo: 14 a 7 depois do XP de Motinha.

Só que antes do intervalo, o Croco voltou a ferir a defesa do Mariners quando Rooney achou Eduardo “Piu” livre no canto da end zone para deixar o marcador em 21 a 7, levando uma vantagem sólida para o vestiário.

Segundo tempo: emoção de nível Brasil Bowl

O Mariners voltou para o campo completamente diferente. Com um ataque mais agressivo e confiante, Recife reduziu para 21 a 14 no passe de Alvaro antes do forte tackle recebido para Lucas Adolfo buscar a bola para o TD, deixando o duelo aberto novamente.

Foi então que veio uma das jogadas mais impactantes da noite: Francelino Sanhá passou como um trator e rasgou a defesa recifense para levar a bola para a terra prometida e anotar um touchdown espetacular, ampliando para 28 a 14 e levantando a arquibancada do ‘Croco’ Pereira.

Só que o Mariners não desistiu, pois ainda tinha muito tempo de jogo. Mesmo assim, não foi fácil. Fadini sofreu uma interceptação de Jhone Batista, mas sua defesa devolveu a bola para a unidade ofensiva e o QB fez a conexão com o norte-americano Isaac James, que quebrou os tackles, cortou para dentro do campo e foi para a end zone. 28 a 22 depois de Fadini também deixar a bola no reverse com também americano Oshay Dunmore anotar mais dois pontos.

Dois minutos finais: a defesa do Croco escreve o final da história

Com apenas seis pontos separando os times, o último quarto estava tenso. A torcida do Coritiba tentava empurrar o Croco. Só que Pedro Brito conseguiu devolver a bola para os visitantes ao interceptar Nick Rooney. Com isso, o Mariners marchava em campo com a chance real de virar o jogo, levar o bicampeonato e calar a todos.

O time de Recife conseguiu uma longa conversão de quarta descida para dez. Precisava chegar na terra prometida para empatar e buscar a vitória. Mas a defesa do Croco, que foi intensa, agressiva e vibrante o jogo todo, fechou a porta. Mais uma quarta descida, mas dessa vez Fernando Alves veio para o sack decisivo com menos de dois minutos de jogo. 

O sack de colocou ponto final na partida, no drama, na dor e no ciclo de redenção. Joelhos no chão para encerrar o jogo e torcida em êxtase. Fim de jogo e o Coritiba Crocodiles é campeão do Brasil Bowl 2025.

Um título que significa mais do que futebol americano

O troféu levantado no Couto Pereira é esportivo, mas seu peso é humano. É em memória dos que partiram. É para as famílias. É para os sobreviventes. É para cada membro da comunidade que segurou a equipe quando tudo parecia ruir.

E é um recado para o Brasil inteiro: o Croco renasceu! E renasceu campeão!

Os melhores entre os melhores da Superliga de Futebol Americano D1

Além do título nacional, a noite no Couto Pereira também coroou alguns dos maiores protagonistas da Superliga 2025. No ataque, Athos Daniel reafirmou seu status de lenda viva do FABR ao ser eleito o MVP ofensivo da temporada, empilhando recepções decisivas e ampliando ainda mais a sua já histórica marca de touchdowns. 

Pelo lado defensivo, o honorável Oshay Dunmore, do Recife Mariners, levou o prêmio de MVP de defesa, fruto de uma temporada dominante e de um Brasil Bowl onde apareceu nos momentos mais críticos, inclusive marcando Athos. 

Nos special teams, quem brilhou foi Leonardo “Balka” Friedrich, do Crocodiles, eleito MVP de equipes especiais após uma campanha segura, consistente e essencial para o equilíbrio do time paranaense. 

E, para completar uma noite de emoções fortes, o troféu de MVP do Brasil Bowl ficou nas mãos de Delmer Zoschke, um dos maiores nomes da história do Croco, do FABr e com mais sacks na história do futebol americano — e que se despede dos gramados em grande estilo, sendo decisivo em mais um título nacional. Uma lenda encerrando sua carreira exatamente como merece: no topo e de forma emocionante.

Hall dos Campeões do FABR: agora com um novo líder isolado

Como ficaram os nacionais no Brasil:

  • Coritiba Crocodiles — 4 títulos (2013, 2014, 2022, 2025)
  • Galo FA - 3 (2017, 2018, 2023)
  • Timbó Rex - 3 (2015, 2016, 2022)
  • João Pessoa Espectros - 2 (2015, 2019)
  • Flamengo FA - 2 (2009, 2011)
  • Corinthians Steamrollers - 2 (2011, 2012)
  • Cuiabá Arsenal - 2 (2010, 2012)
  • Vasco da Gama Almirantes - 1 (2014)
  • Tritões FA - 1 (2010)
  • Jaraguá Breakers - 1 (2013)
  • Rio Preto Weilers - 1 (2023)
  • Guarulhos Rhynos - 1 (2024)
  • Recife Mariners - 1 (2024)
Lucas dos Anjos, da Redação
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