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Superliga de Futebol Americano Feminina: Lusa Jaguars supera condições climáticas, vira no 2º tempo e conquista o título

Em um Croco Stadium encharcado, paulistas ajustam o plano de jogo após o intervalo, derrubam o favoritismo do Silverhawks e levantam o quarto título nacional na Superliga FA Feminina

Superliga de Futebol Americano Feminina: Lusa Jaguars supera condições climáticas, vira no 2º tempo e conquista o título (foto: Yan Barros/@byarros)
POSTADO EM: 04/11/2025

A final da Superliga Feminina 2025 entregou tudo o que uma decisão sob tempestade costuma oferecer: campo pesado, poças que engoliam jogadas, ataques limitados e uma batalha mental para cada jarda. A chuva, que havia poupado Curitiba durante o sábado, desabou exatamente no domingo, e transformou a final entre Curitiba Silverhawks e Lusa Jaguars em um teste de concentração e adaptação.

O gramado do Croco Stadium rapidamente virou um mosaico de lama que apagou boa parte do campo e também dos playbooks. Corridas laterais patinavam, pitches se tornavam perigosos e qualquer tentativa de chute exigia quase um milagre. Neste ambiente, a partida virou um duelo de resistência física e leitura estratégica em tempo real, vencido pela Lusa, que soube mudar o jogo a partir do intervalo, virar o placar e fechar o duelo com uma decisão tática rara mesmo em finais.

Silverhawks domina cedo pelo chão, mas a chuva dita o ritmo

A equipe curitibana começou melhor justamente porque o cenário favorecia seu estilo. O ataque do Silverhawks gastou relógio e avançou com corridas curtas, sem correr riscos com a bola molhada. A versátil Sarah, normalmente wide receiver, assumiu o backfield com autoridade e coroou sua atuação com o touchdown que abriu o placar.

A tentativa de ponto-extra, porém, denunciou o drama do gramado: a bola atolou na poça e o chute saiu estourado, deixando o jogo em 6 a 0, placar que ditaria o peso de cada posse dali em diante.

A Lusa Jaguars só conseguiu respirar no ataque nos minutos finais do primeiro tempo, quando finalmente converteu sua primeira descida. Mas no momento em que parecia engrenar, o drive terminou em interceptação da Sol, mantendo as paulistas zeradas na ida ao vestiário.

Ajustes no intervalo mudam o jogo: OL assume o controle e a Lusa empata

A pausa fez bem ao ataque da Lusa e a chave foi simples: abandonar riscos, confiar na força da linha ofensiva e colocar a bola nas mãos mais seguras. Sol liderou séries de corridas inteligentes e castigou o front paranaense com decisões rápidas.

A campanha que empatou o jogo foi longa, paciente e fisicamente desgastante para a defesa local. Quem finalizou na end zone foi Aguileira, aproveitando os espaços criados na trincheira. O extra point também falhou, deixando tudo igual em 6 a 6, mas já com um claro sinal: o momento havia mudado.

Virada na marra: Sisquini encontra o espaço decisivo

O último quarto trouxe a campanha mais simbólica do jogo. A Lusa moveu as correntes campo abaixo com avanços curtos, muitas terceiras descidas curtas e equilíbrio emocional para lidar com o campo ruim. Na linha de uma jarda, com a chuva engrossando, Sisquini atacou os bloqueios e encontrou a brecha para virar ao entrar na terra prometida: 12 a 6.

A tentativa de conversão de dois pontos não funcionou, deixando a porta entreaberta e, como era de se esperar, o Silverhawks tentou entrar com tudo.

Estratégia de campeã: safety proposital e controle final

Com pouco tempo no relógio, o Silverhawks voltou a pressionar e encurralou a Lusa dentro de seu próprio campo. A equipe paulista tomou então a decisão mais ousada da final: em vez de arriscar um punt perigoso em um campo cheio de lama - ou até entregar a bola na linha de gol — preferiu ceder um safety proposital para reposicionar a bola com segurança.

O placar caiu para 12 a 8, mas o risco diminuiu consideravelmente. O chute em seguida devolveu a bola ao meio do campo, com vantagem de campo preservada e acreditando em sua defesa.

Restavam cerca de 30 segundos e o Silverhawks precisava de um touchdown. Só que a unidade defensiva  paulista fechou os espaços, forçou passes curtos em meio à lama e selou a vitória.

Quarto título nacional para a Lusa Jaguars com assinatura de inteligência

A Lusa Jaguars levantou seu quarto título nacional em meio a um dos cenários mais adversos já vistos em uma final. Em um jogo em que talento individual cedia lugar à gestão emocional e ao ajuste estratégico, o time paulista foi superior no momento mais importante, virou a partida e controlou o final com uma leitura tática digna de decisão.

Não foi apenas um triunfo, mas uma aula de como vencer sob condições extremas.

Por Lucas dos Anjos, da redação

 

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