Superliga FA: Campeões regionais definidos com Mariners, Hawks, Spartans e Crocodiles avançando pras semifinais
Decisões das conferências têm defesa dominante no Sudeste e no Sul, retorno explosivo decidindo no Nordeste e massacre no Central-Norte; veja os lances que carimbaram a vaga dos quatro campeões para as semifinais nacionais da Superliga de Futebol Americano
A Superliga de Futebol Americano 2025 viveu um fim de semana de finais regionais do jeito que a fase pede: nervosas, físicas e com momentos decisivos em equipes especiais e defesas. No Nordeste Bowl, o Recife Mariners venceu o Fortaleza Tritões por 17 a 14 em jogo de alternâncias e um retorno de kickoff para touchdown logo na volta do intervalo. No Sudeste Bowl, o Spartans FA derrotou o Vasco Almirantes por 6 a 0 em uma batalha defensiva sob muita chuva que só foi rompida no último quarto.
No Sul Bowl, o Coritiba Crocodiles superou o Timbó Rex por 13 a 10, sustentado por um drive cirúrgico para field goal no segundo tempo e duas posses do Rex paradas em zona de pontuação. Já no Central-Norte Bowl, o Rondonópolis Hawks aplicou 76 a 0 no Manaus Cavaliers, em atuação completa com touchdowns de ataque, defesa e times especiais. Os quatro resultados encaminham o quadro de semifinalistas nacionais, e deixam a decisão da Superliga de FA cada vez mais perto.
Nordeste Bowl — Recife Mariners 17 x 14 Fortaleza Tritões
O clássico do Nordeste começou elétrico: o Tritões avançou em corridas longas e saiu na frente com uma corrida para TD ainda no primeiro quarto. O Mariners respondeu com campanha sustentada por faltas adversárias e empatou em corrida curta para TD seguida de extra point. A virada apareceu já no kickoff do segundo tempo, quando os recifenses devolveram a bola para touchdown em retorno de 92 jardas, colocando 14–7 no placar e mudando a inércia do jogo.
O Tritões insistiu no chão, alinhou big plays e igualou em sneak para TD com extra point. No momento mais tenso da tarde, o ataque do Mariners encadeou corridas explosivas e passes curtos para entrar em range; o field goal de 35 jardas recolocou os pernambucanos à frente (17–14). A resposta cearense veio com um retorno de 61 jardas que começou em posição de ouro, mas a defesa do Recife cedeu pouquíssimo e viu o field goal de 44 jardas do adversário ir para fora. Com a posse final, o Mariners administrou o relógio e carimbou o título regional.
Destaques: retorno decisivo de kickoff, front sete do Mariners com sacks e takeaway em momento crítico e, do outro lado, o jogo terrestre do Tritões carregando a reação.
Central-Norte Bowl — Manaus Cavaliers 0 x 76 Rondonópolis Hawks
Foi domínio total dos campeões do Centro-Oeste. O pontapé inicial já virou touchdown em retorno do Hawks e conversão de dois pontos. Em sequência, vieram corridas para TD em campanhas curtas, passes longos para TD, pick-six, safety e mais um retorno de kickoff para TD — um manual de todas as formas de pontuar em alto volume antes mesmo do intervalo (60–0).
No segundo tempo, a defesa mato-grossense manteve a pegada com mais um safety e interceptações, enquanto o ataque seguiu alternando corridas e passes para TD para fechar o 76–0. A unidade de cobertura ainda posicionou o campo o tempo todo, e o pass rush encerrou séries manauaras com sacks em descidas longas. Atuação de campeão regional com muita folga.
Como saíram os pontos: Hawks marcaram via retorno de kickoff, múltiplas corridas para TD, passes para TD em big plays, conversões de dois pontos, pick-six, dois safeties e outro retorno de kickoff para TD.
Sudeste Bowl — Spartans FA 6 x 0 Vasco Almirantes
Um jogo de trincheiras que honrou a tradição do duelo sob muita chuva na capital paulista. O Vasco abriu a final com longa marcha terrestre até a linha de gol, mas saiu zerado após sack, tackle for loss e quebra de quarta descida, sendo o primeiro recado da falange espartana. O primeiro tempo seguiu no zero com punts trocados, interceptação do Vasco e fumble forçado pelo front do Spartans.
Na etapa final, o special team carioca ainda roubou uma posse ao recuperar um fumble no kickoff, mas a defesa paulistana respondeu com dois sacks em sequência. Já no quarto período, o Spartans conectou bomba de quase 30 jardas para entrar na red zone e, pouco depois, encontrou a recepção para touchdown que definiu a final no passe de Mamão para Mega, mesmo com o extra point bloqueado, e a defesa tratou de fechar a porta até o último snap. Vitória com a marca registrada do Spartans: físico, disciplina e oportunismo.
Destaques: front sete dos Spartans com múltiplos sacks e três takeaways forçados ao longo do jogo e unidades de retorno com grande atuação dos dois lados.
Sul Bowl — Coritiba Crocodiles 13 x 10 Timbó Rex
O Croco largou na frente no Croco Stadium em Curitiba com drive vertical: passes profundos abriram o campo e resultaram em touchdown aéreo ainda no primeiro quarto: 7 a 0. O Rex empatou logo depois com conexão longa para TD e extra point (7 a 7), mas viu a defesa paranaense ajustar a pressão e limitar as jogadas explosivas. Ainda antes do intervalo, o Coritiba emendou corridas entre os tackles e curtos passes para chutar o field goal de 33 jardas e deixar o marcador em 10 a 7.
No segundo tempo, a batalha virou xadrez de posição de campo. O Rex igualou com field goal de 34 jardas (10 a 10), e o Croco respondeu com outra série paciente para colocar mais um chute bom, agora de 31 jardas (13 a 10). Daí em diante, o Campeão Paranaense foi resiliente na red zone: primeiro, parou o Rex com fumble recuperado na linha de gol.
Depois, já no último quarto, forçou novo fumble em avanço promissor dos catarinenses. Com a bola em mãos, o ataque curitibano gastou relógio com scrambles e corridas abertas, selando a classificação.
Destaques: secundária do Croco negando janelas nos momentos quentes, pass rush aparecendo em descidas de passe e special teams perfeitos nos dois field goals que fizeram a diferença.
Decisão da grande final da Superliga de Futebol Americano D1 de 2025
Agora, o Coritiba Crocodiles recebe o Spartas em Curitiba, no Croco Stadium, no dia 15 de novembro, às 14h, na primeira semi da Divisão 1 do torneio nacional. Já o Recife Mariners joga contra o Rondonópolis Hawks às 10h da manhã do domingo, dia 16, no Estádio Grito da República (Olinda/PE).
Por Lucas dos Anjos, da redação
Publicado pela Plataforma SGE da Bigmidia - Gestão Esportiva com Tecnologia
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